Ana Sofia Portela, Head of Talent Assessment na Neves de Almeida HR Consulting, partilhou um artigo na Líder Magazine sobre o desafio contínuo de avaliar o talento nas Organizações. Da tradição às abordagens inovadoras, a evolução é evidente!
«Com o passar do tempo, os avanços na ciência e na tecnologia permitirão que as avaliações de talentos se tornem cada vez mais eficazes, e quanto mais eficazes as avaliações de talentos se tornarem, menos alguém as notará»
(Charles Handler)
A avaliação do talento é e sempre foi um grande desafio para as Organizações. O Talent/ Development Assessment iniciou com a aplicação individual de uma série de ferramentas como a entrevista de competências, estudos de caso, aplicação de testes de personalidade e cognitivos, sempre em ambiente onde o(s) avaliador(es) estava(m) em “ambiente protegido” e individualizado com a pessoa que estava a ser avaliada.
Com o passar do tempo e tendo em consideração as diversas gerações presentes nas Empresas, começaram a desenvolver-se instrumentos de Assessment cada vez mais experienciais e que, na maioria das vezes são aplicados em pequenos grupos, acompanhados por vários avaliadores com instrumentos muito claros ao nível da avaliação de competências e do perfil pessoal, mas que são fortes na criação de uma boa experiência de descoberta para cada um.
Estamos aqui a falar em Entrevistas Walk to Talk, criação de pitch, dinâmicas imersivas de estudos de caso e de roleplays, entre outros.
Por outro lado, contamos com o suporte do desenvolvimento da tecnologia para integrar soluções como gamification, scape rooms digitais, avaliações 180 ou 360º digitais entre outros, que nos permitem ter dados objetivos, de uma forma mais interativa, rápida e cujos outputs são suportados em analitics.
A conjugação de uma forma de criação de modelos de assessments que conjugam atividades presenciais imersivas com as componentes digitais, leva a que cada um tenha uma boa experiência de avaliação, por vezes seja surpreendido com exercícios que promovem o autoconhecimento e o próprio network entre avaliados, para além de serem o suporte da avaliação objetiva.
Trabalhamos cada vez mais em avaliações que devem ser envolventes, apelativas, mas que, simultaneamente, nos fornecem uma visualização realista do trabalho num ambiente interativo. Isso não apenas fornece ao candidato para expressar seus pensamentos e experiências nas diversas competências, mas também dá ao avaliador uma visão global do candidato.
Este tipo de modelo é aplicado sobretudo a populações como trainees, colaboradores de elevado potencial e chefias intermédias.
Este tipo de avaliações tem de nos dar dados sobre a avaliação das competências críticas para a função e para a organização, mas também devem proporcionar a “auto-descoberta”, poderoso fator de retenção e de desenvolvimento individual.
Por fim, o momento de feedback individual é crítico para que cada avaliado se sinta envolvido no processo da sua própria evolução profissional, mas também ao nível da consciencialização do seu autoconhecimento. Muitas são as vezes que o avaliado fica surpreendido com algo que sente ou faz, mas que ainda não tinha tido a capacidade de perceber o impacto que as suas ações e conhecimentos têm no trabalho e nos outros.
Os novos modelos de Talent Assessment são um desafio para todos nós, teremos de, rapidamente, construir soluções que nos permitam avaliar o que é suposto, mas que também são ágeis, envolventes e que têm sempre como base o desenvolvimento individual.
Todos temos os nossos talentos, temos de os descobrir, desenvolver e utilizar de uma forma consciente, num ambiente Organizacional que está, constantemente, a desafiar-nos com a criação de novos modelos para corresponder à evolução dos diversos segmentos de Colaboradores.
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