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Duas perspetivas sobre como gerir um processo de feedback


Ricardo Pedro - 31 de Agosto, 2021 - 0 comments

Em artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo, Vanessa Pedro, Manager da Neves de Almeida HR Consulting, fala da gestão do processo de feedback na perspetiva de quem dá e de quem recebe.

Nem sempre é fácil ouvir o que não apreciamos ou não concordamos a nosso respeito, mas não costumamos discordar quando se trata de algo positivo. Algo que é muito comum acontecer em processos que implicam dar feedback, sendo que é sempre incerta a forma como o mesmo será recebido e o impacto que terá no seu recetor.

É por isso importante pensar no melhor modo de gerir a passagem e receção de informações desta natureza, na perspetiva do transmissor e do seu beneficiário.

A perspetiva de quem dá feedback

Relativamente sobre quem recai a responsabilidade de dar feedback, é fundamental que se dedique a preparar o conteúdo da sua mensagem, o que implica observar com atenção os factos e revisitar os mesmos, por forma a ter presente exemplos que possam corroborar as suas conclusões e/ou fazer face a possíveis objeções. É essencial ter presente quem é o seu interlocutor e o que este valoriza, antecipando o seu comportamento, pois o mesmo pode ou não concordar com o feedback, bem como adotar uma atitude desafiante ou de abertura e exposição do que lhe vai na alma. A quem dá feedback compete aguardar o tempo necessário e conter a possível angústia do seu interlocutor, ser capaz de questionar o que pode ter contribuído para o respetivo feedback e porquê. Mais do que explicar o seu racional, pedir ao outro que se posicione relativamente ao feedback recebido e esclarecer as suas questões é vital para que o objetivo da sua mensagem seja, verdadeiramente, bem rececionado do ponto de vista do que se pretende alcançar com a sua transmissão. Devolva-lhe questões que lhe permitam pensar e que gerem o seu compromisso, colaborando para fortalecer a sua confiança e autoestima e orientação para a ação. Recorra a experiências passadas positivas que potenciem a mesma.

Se costuma ter este árduo papel, lembre-se de que qualquer comportamento menos favorável que possa ocorrer nesse momento não lhe é diretamente imputado ou dirigido, pelo que não há motivos para levar algo a peito.

A perspetiva de quem recebe feedback

Se recebeu ou vai receber feedback, tenha presente o objetivo do mesmo para o outro e, sobretudo, para si. Ouça primeiro o que têm para lhe dizer. Muitas vezes, tendemos a sentir-nos ofendidos e ficamos aborrecidos ou com outro sentimento menos positivo relativamente ao interlocutor. Sim, podemos sentir que estão a colocar um dedo na ferida, mas a verdade é que o outro pode desconhecer a mesma e não é o seu propósito fazê-lo (ou pelo menos não o deverá ser). Também tendemos a generalizar e, se nos dizem que fizemos algo que nos caracterizou naquele momento, partimos do pressuposto que estão a dizer que somos de determinada forma, quando, na realidade, não é disso que se trata. Não há como não sentir o que nos é dito, mas podemos aprender a lidar com a situação de forma mais favorável, questionando e esclarecendo as nossas dúvidas, focando-nos no nosso desenvolvimento, sobre o que pretendemos melhorar e como, atendendo aos nossos próprios objetivos. Foque-se no seu plano de desenvolvimento e dê os chamados babysteps no sentido desejado.

Em suma, em qualquer dos lados em que se encontre, dê espaço à reflexão e interiorização da informação e transforme a mesma em algo positivo!

Leia o artigo na sua publicação original aqui

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