Em artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo, Liliana Delgado, Senior Consultant, e Márcia Patrício, Manager, ambas de Assessment da Neves de Almeida HR Consulting, tratam o tema da motivação, um fator fundamental na vida das Organizações e dos seus Colaboradores.
Como a motivação influencia o Talento?
O Assessment assume um papel determinante na vida das Organizações, para que a tomada de decisão em todo o ciclo de gestão do talento seja mais sustentada. Neste artigo, o destaque vai para um fator nem sempre valorizado em processos de Assessment, mas que se revela fundamental em qualquer iniciativa centrada nos Colaboradores – a motivação.Quando falamos em “avaliar” ou “medir” a motivação, falamos em compreender o que impele um Colaborador à ação. Quais são os valores que estão por detrás das suas atitudes e comportamentos? Que valores são essenciais que encontre no seu contexto profissional para se sentir motivado? Estão estes valores presentes no seu contexto profissional atual?
As pessoas são todas diferentes, têm experiências, características, competências, ambições e expectativas diferentes. E claro, têm também motivações diferentes. Para a tomada de decisão sobre Sucessões, Promoções ou mesmo Mobilidade, torna-se assim essencial compreender se, para além do fit de competências, determinado Colaborador poderá ver as suas necessidades motivacionais colmatadas no seu novo contexto. Se pensarmos, por exemplo, num Colaborador que valorize ter autonomia para decidir e para influenciar o curso da ação da sua área de atuação, colocá-lo junto de um líder de estilo mais diretivo ou numa área em que a sua autonomia esteja limitada será um erro. Num quadro de desmotivação, dificilmente um Colaborador poderá dar o melhor de si. Por outro lado, se pensarmos num Colaborador que valoriza o trabalho em equipa, a possibilidade de socializar com os colegas de trabalho e de trocar ideias, colocá-lo numa função em que terá de atuar de forma autónoma terá repercussões negativas, a prazo, na sua motivação.
Num processo de Assessment que vise aferir potencial para uma nova função, conhecer os fatores motivacionais dos Colaboradores torna-se, assim, fundamental, conseguindo tomar decisões mais sólidas sobre o seu fit com a nova função, departamento ou interlocutores.
A avaliação da motivação será ainda fundamental para processos de Assessment que tenham como alvo os High Performers da Organização. Conhecer o estado motivacional destes Colaboradores no seu contexto atual ajudará a Organização a sinalizar os estados mais críticos e que precisam de uma intervenção rápida, mas também o tipo de iniciativas que podem ser as mais ajustadas àquela população, assumindo-se, desta forma, uma ferramenta essencial para o desenho de Programas de Retenção.
Por último, não deixar de sublinhar os valiosos inputs que se podem obter, com a avaliação da motivação, para os líderes que muitas vezes se deparam com o desafio de compreender como motivar as suas equipas, conseguindo responder à pluralidade de necessidades motivacionais que encontram nos seus liderados e ajustar a sua atuação a cada um. Será fácil compreender que, perante um Colaborador que valorize de forma evidente o reconhecimento, um feedback mais frequente poderá fazer a diferença, pela positiva, na sua motivação.
A motivação influencia, de facto, o talento… então, não faz sentido não a integrar em processos de Assessment, que devem ter por missão a obtenção de uma visão integrada desse talento.
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