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A diversidade na forma como lidamos com uma mesma situação


Ricardo Pedro - 7 de Julho, 2021 - 0 comments

Em artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo, Vanessa Pedro, Manager da área de Consulting da Neves de Almeida HR Consulting, fala da importância do mindset positivo e do bem-estar na forma como se lida com os desafios.

Estar e ser feliz compreendem realidades diferentes, do mesmo modo que pessoas que vivem realidades semelhantes podem expressar sentimentos diferentes. Em questão encontra-se o modo como percecionamos essa realidade e agimos perante a mesma, o que pode ser influenciado pelo pensamento positivo. As pessoas otimistas são mais prováveis de se orientarem para a ação e resolução dos seus problemas do que as pessimistas. Por exemplo, é comum em processos de despedimento haver pessoas que se sentem perdidas, tanto ou mais consoante o grau de necessidade e dependência do respetivo emprego e outras que, embora se sintam sem rumo, conseguem olhar para a sua situação, mais ou menos inesperada, com um sentido de oportunidade. Essas, mais facilmente perspetivam o momento como uma possibilidade de mudança e de se orientarem e aproximarem de outras concretizações. Contudo, como em qualquer mudança, é preciso fazer reajustamentos.

Se existem tradições que pensam o bem-estar de forma diferente, importa perceber em que medida podemos aprender com as mesmas. Por um lado, ao se considerar o bem-estar como um equilíbrio entre experiências positivas e negativas, é vital que nos seja permitido viver momentos menos bons para valorizarmos os que são positivos. Por outro, ao concebermos o bem-estar assente na concretização ou desenvolvimento do potencial humano, ou na autorrealização, precisamos de encontrar a satisfação no trabalho que desenvolvemos. Na realidade, é da combinação entre o sentir-se bem e ter boas relações e a realização pessoal que resulta o verdadeiro bem-estar que representa uma avaliação que cada pessoa faz da sua vida, ao comparar a situação em que se encontra com aquela que desejaria estar a viver, por a ter como objetivo.

O bem-estar contempla o que uma pessoa sente e pensa sobre a sua qualidade de vida, de acordo com o que considera relevante, podendo acontecer revelar estar insatisfeita com a sua vida no geral, com base em apenas uma das dimensões da sua vida. Cada pessoa pronuncia-se de forma diferenciada, devido às suas expectativas, valores e experiências anteriores, e em função de cada situação. Por esse motivo, os objetivos de vida podem ser definidos de forma mais ou menos exigente e, mais do que o nível a que são colocados, importa que sejam realistas e consonantes com os recursos disponíveis para a sua concretização, para que a satisfação com a vida e, respetivo bem-estar, possam evidenciar expressões mais positivas. Também a probabilidade de concretizar objetivos de natureza intrínseca (ser ou desenvolver algo) ao indivíduo por oposição aos objetivos extrínsecos (ter algo), encontra-se positivamente correlacionada com o bem-estar.

O bem-estar é um continuum e para um funcionamento psicológico positivo é preciso haver: autoaceitação, enquanto uma avaliação positiva da própria pessoa sobre si e sobre a sua vida até ao presente; sentido de vida, ao se acreditar que a mesma possui um objetivo e significado; sentido de autonomia ou autodeterminação; relações positivas com outras pessoas; domínio do meio envolvente, de acordo com as necessidades pessoais; e crescimento ou desenvolvimento pessoal. O ser humano encerra em si a necessidade de perceber as suas potencialidades e superar-se ao longo da vida, sendo capaz de aprender com cada experiência e assim evoluir na forma como lida com várias situações.

Leia o artigo na sua publicação original aqui

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