Em artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo, Ana Honrado, Senior Consultant da Neves de Almeida HR Consulting, fala da importância do Coaching para os programas de liderança
O que a Google, Apple, Amazon ou Twitter têm em comum quando chega ao momento de reforçar internamente as competências de liderança?
As competências de liderança estão hoje mais do que nunca no horizonte das empresas. Com os desafios de um ambiente económico altamente volátil, derivado da pandemia que atravessamos, as organizações procuram dotar os seus executivos e diretores com as competências necessárias para liderarem equipas em ambientes altamente competitivos.
Os mais incautos poderiam julgar que o que as empresas referidas têm em comum seria uma metodologia de formação. Sim, a formação é parte essencial dos programas de liderança, mas não, as empresas atrás referidas têm neste caso diferentes abordagens e variadas metodologias internas de formação em liderança.
O que é comum em todas elas é a utilização do coaching como ferramenta complementar à formação e essencial para endereçar as necessidades individuais dos seus líderes.
O coaching é parte tão integrante e fundamental dos seus programas de liderança que num determinado momento, os líderes dessas empresas tiveram todos… o mesmo “coach“. Pode parecer curioso, mas a verdade é que Eric Shmidt (Google), Steve Jobs (Apple), Jeff Bezos (Apple) e Jack Dorsey (Twitter) foram todos coachees de Bill Campbell, um coach americano especialista em ajudar líderes a reforçarem as suas capacidades. Este facto é tão mais extraordinário sabendo que faturação anual dessas empresas conjugadas é 25 vezes o PIB português.
Bill Campbell era uma pessoa centrada nas pessoas, e tal como todos os coaches extraordinários, ajudou a perceber que a prioridade principal de um líder é o bem-estar e sucesso das pessoas que com ele trabalham. Numa relação de coaching, o coach ajuda nesse crescimento.
Sendo personalizado e mais preciso, no coaching conseguem-se trabalhar diferentes facetas de personalidade. Por exemplo, Bill Campbell (em “Trillion dolar coach“, E. Shmidt et all) é reconhecido como trabalhar muito os pontos abaixo:
— Saber ouvir os elementos da equipa com total atenção. Não dividir a atenção.
— Não dizer às pessoas o que fazer, mas oferecer histórias que as apoiem nas decisões a tomar.
— Acreditar nas pessoas mais do que elas acreditam em si.
— Ajudar as pessoas. Ser generoso com o seu tempo, contactos e outros recursos.
— Construir comunidades, dentro e fora do trabalho, uma vez que um lugar é muito mais forte quando as pessoas estão ligadas.
— Preocuparmo-nos com as pessoas, mostrando curiosidade sobre as diferentes facetas da sua vida, nomeadamente fora do trabalho.
— Ouvir, observar e ajudar a completar as falhas de comunicação entre as pessoas.
— Mostrar lealdade e compromisso.
Mas o coaching não se esgota aqui. Para além das relações interpessoais destacadas anteriormente, também comunicação e feedback são áreas que como líderes estamos em constante evolução.
Longe de ser um luxo ou uma moda, o coach tem vindo a demonstrar que é uma ferramenta profissional para todo o tipo de empresas, que cada vez mais procuram apostar numa ferramenta de desenvolvimento que vá verdadeiramente ao encontro das necessidades individuais de cada pessoa. Em conclusão, no momento de moldar um programa de liderança, as direções de recursos humanos têm vindo a descobrir este segredo: o coaching é um complemento eficaz da formação. É um investimento cujo retorno não é medido apenas pelo impacto no coachee, mas em todas as pessoas que com ele trabalham.
Na Neves da Almeida temos sido testemunhas e catalisadores desta mudança. A nossa satisfação é verificar o crescimento pessoal e profissional dos líderes com quem trabalhamos em coaching e o impacto que os mesmos têm nas suas organizações.
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