A sétima edição do Indíce de Excelência foi destacada na edição de março da revista Human Resources Portugal, uma publicação com periodicidade mensal. O artigo contém uma síntese das principais conclusões deste trabalho, cujos resultados revelam que, pela primeira vez em sete anos de estudo, o nível global de satisfação dos profissionais caiu.
A apresentação dos resultados de 2022 decorreu no passado dia 2 de março, em Lisboa, e contou com a participação de cerca de 120 Organizações. Esta última edição procurou analisar o impacto das certas medidas na satisfação dos colaboradores, nomeadamente nas áreas da transformação digital, sustentabilidade, diversidade e responsabilidade social.
Após sete anos de estudo, concluiu-se que a satisfação global dos colaboradores decresceu. Os dados revelam que está situada nos 70.3%, sendo que este declínio é transversal a todos os setores de atividade e aos vários tipos de dimensão das empresas. As Organizações de média dimensão foram exceção, com um ligeiro crescimento deste critério face aos anos anteriores. A mudança foi causada por uma maior penalização dos colaboradores participantes nas temáticas associadas à Compensação e Benefícios, bem como com a Gestão de Talentos.
Gonçalo de Salis Amaral, Head of Consulting e Partner da Neves de Almeida HR Consulting, revelou que o decréscimo de satisfação global teve mais peso na área da Saúde e Farmacêuticas, que não verificou as melhorias esperadas após o período conturbado e exigente da pandemia. Verifica-se uma subida na classificação dos modelos e processos de Avaliação de Desempenho, com vista a promover a maior transparência e clareza.
O “Gosto pelo Trabalho Desenvolvido” continua a ser o principal fator de retenção. A “Estabilidade do Emprego” mantém-se no topo dos 5 fatores e outros ganham maior relevância, como o work-life balance, a possibilidade de regime de trabalho flexível e a remuneração atrativa. O trabalho híbrido continua a ser a modalidade mais utilizada. Os participantes que praticam este modelo revelam que o nível de satisfação aumentou, estando em média nos 90%.
Relativamente às perspetivas para 2023, Gonçalo de Salis Amaral argumenta que “continua a haver um caminho a seguir, nomeadamente, ao nível da maior/melhor utilização do digital e da inovação, da colaboração inter e intra organizacional, como no desenvolvimento, capacitação e envolvimento/ satisfação das pessoas».
O Indíce de Excelência é um estudo anual desenvolvido pela Neves de Almeida HR Consulting em parceria com o ISCTE Executive Education. Inclui a análise e o destaque das boas práticas de Gestão de Pessoas em Portugal, bem como a identificação e premiação de Organizações que apostam no desenvolvimento e satisfação dos colaboradores. A investigação tem a finalidade de sensibilizar o meio empresarial para as tendências organizacionais num mundo cada vez mais tecnológico, exigente e em constante adaptação.
Leia aqui o artigo original para aprofundar estas questões e verificar as posições das empresas no ranking.