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As avestruzes tendem para a extinção


na - 19 de Outubro, 2022 - 0 comments

Em artigo de opinião para o Jornal Económico, Gonçalo de Salis Amaral, Head of Consulting da Neves de Almeida HR Consulting, fala da importância para os líderes de ouvir as suas pessoas de modo a levar as organizações ao sucesso.

Conduzir com sucesso as organizações no atual ambiente volátil e exigente, requer dos seus líderes visão e atenção às evoluções, bem como ao desenvolvimento de aptidões relacionadas com a empatia, transparência, comunicação e resiliência.

As alterações do statu quo na forma como trabalhamos, onde trabalhamos, com quem e porque trabalhamos, vieram para ficar. Após a aceleração deste ritmo de mudança com a situação pandémica mundial, vamos assistindo à consolidação das mesmas, à medida que se verifica o controlo da própria pandemia, acompanhada por novos acontecimentos, como são o caso das tendências inflacionistas e de uma guerra na Europa do Leste com repercussões ainda imprevisíveis, mas certas em termos económicos e financeiros, e com impactos na segurança mundial.

É neste ambiente incerto e altamente competitivo, que os gestores terão de orientar as suas organizações e pessoas, o que ainda é dificultado por uma enorme falta de talento disponível no mercado para as novas funções e para outras já existentes. Neste contexto, vem-me à memória a previsão de que as “avestruzes tendem para a extinção”, já que o desconhecimento das opiniões, ambições e sentimentos face à situação organizacional nos seus mais variados domínios, é o primeiro passo para se perder o talento mais relevante e necessário para enfrentar os desafios.

Neste sentido, continuaremos a verificar o trabalho fortemente associado ao bem-estar dos colaboradores, não como um benefício, mas antes como uma oportunidade competitiva para atrair e reter o talento necessário para atingir os objetivos organizacionais e de negócio.

Assim, o papel das organizações no suporte a uma maior flexibilidade entre a vida profissional e pessoal dos colaboradores, promovendo o seu bem-estar físico, emocional, financeiro e de desenvolvimento de carreira, continuará a assumir a relevância iniciada com a pandemia. Esta transformação levou ao repensar de políticas, nomeadamente, através do alargamento dos benefícios ao agregado familiar, por exemplo através dos seguros de saúde mais abrangentes, apoios à educação, planeamento financeiro e reforma, entre outras.

Por outro lado, o modelo de “Anywhere Work Productivity” expande-se e requer práticas, ferramentas e competências que suportem a colaboração virtual, a digitalização, a constante conectividade e comunicação, bem como a gestão ágil, próxima e personalizada de pessoas e equipas. As competências e capacidades comprovadas de cada indivíduo tornam-se centrais nos processos de contratação e de rápida adaptação, mediante o reskilling e upskilling, via soluções de continuous learning, que garantam a relevância desses mesmos indivíduos no mercado de trabalho e, associadas à maior longevidade humana, possibilitem a normalização de múltiplas e variadas carreiras ao longo da vida ativa.

Assim, é cada vez mais importante ouvir quem mais importa: as pessoas. Nesse sentido, estudos como o Índice da Excelência, promovido pela Neves de Almeida HR Consulting anualmente, e cujas inscrições estão já abertas a todas as empresas que queiram participar, são uma ferramenta fundamental para apoiar os líderes nestas tomadas de decisão.

A edição de 2022 reflete já todas estas transformações, para aferir de forma (ainda) mais criteriosa as práticas e políticas vigentes à luz destas tendências, por forma a continuar a disponibilizar informação de mercado e do estado atual das organizações, que permita suportar a tomada de decisão e a priorização de iniciativas que promovam a Excelência, a atração e a retenção dos talentos adequados a cada realidade.

Conduzir com sucesso as organizações neste ambiente volátil, incerto e exigente, requer dos seus líderes visão e atenção às evoluções, bem como ao desenvolvimento de aptidões relacionadas com a empatia, a transparência, a comunicação e a resiliência – resolução de problemas, otimismo, controlo emocional –, mostrando às suas equipas e potenciais colaboradores que existe lugar para as suas particularidades, competências e potencial, capitalizando-os em prol dos resultados e do seu bem-estar.

Leia o artigo na sua publicação original aqui.

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